NÓS E NÃO ELES: QUANDO SÃO OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUE ADOECEM

Os profissionais da área da saúde vivenciam estressores na circunstância de pandemias, a considerar o risco de se contaminar, adoecer e falecer, a probabilidade de involuntariamente infectar as pessoas, além de tudo a sobrecarga no dia a dia, sofrem por ocorrências de mortes em grande quantidade, decepção por não conseguir salvar todas as vidas, mesmo com toda dedicação, violências físicas, verbais e morais, por intermédio de pessoas que procuram assistência e não conseguem ser hospitalizadas pela insuficiência de recursos e o distanciamento de seus familiares e amigos (TAYLOR, 2019). Perante a COVID-19, as dificuldades encaradas pelos profissionais da saúde podem se tornar um gatilho para o intensificar ou provocar os sintomas de depressão, ansiedade e estresse (BAO et al., 2020). Esses profissionais nomeados como “linha de frente” vêm sendo desestimulados a comunicar-se proximamente com outras pessoas, ocasionando o aumento do sentimento de isolamento (ZHANG et al., 2020). Nessa perspectiva, equipes de saúde mental começaram a reparar os indícios de nervosismo, sofrimento psicológico e negação a períodos de descanso nos profissionais que trabalham na linha de frente (CHEN et al., 2020).

Com o intuito de falar mais sobre o assunto a professora Adriana Moro e o Dr.Claudio Luis Gastal, médico psiquiatra, irão abordar esse tema na palestra de lançamento do livro da professora de enfermagem da Universidade do Contestado, pesquisadora da Nupesc e voluntária do PET-Saúde Dra. Adriana Moro, intitulado como Nós e Não Eles.