PANDEMIA DA COVID-19 É TEMA DE PESQUISA NO MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL


  • 4 de Maio de 2020

Ao longo das últimas semanas, o Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado atuou na execução de pesquisa sobre a Pandemia da COVID-19. Os resultados do estudo serão publicados em uma chamada da Revista de Administração Pública (RAP), da Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ), com foco na temática: “A resposta da administração Pública Brasileira aos desafios da pandemia”.

O projeto foi coordenado pelo professor Dr. Valdir Roque Dallabrida, com o apoio de dois de seus orientandos no Programa de Mestrado: o Médico Alexandre Zatera, professor do curso de Medicina da UnC, e a Psicóloga Príncela Santana da Cruz, docente de Psicologia.  Também integra o grupo de pesquisadores o Professor Dr. Daniel Baggio, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí/RS).

O objetivo do projeto foi elaborar um estudo que apresentasse estratégias a serem adotadas pela Administração Pública frente aos problemas impingidos pela Pandemia. O foco recaiu sobre o tema Governança Colaborativa e seu papel no combate à pandemia. Para pleitear a publicação junto à Fundação Getúlio Vargas, uma das exigências foi que os estudos deveriam ser realizados durante o mês de abril/2020, no calor do momento, o que exigiu envolvimento pleno e agilidade na realização do trabalho.

SAIBA MAIS 

A literatura define governança colaborativa como uma prática de gestão que envolve dirigentes públicos, juntamente com representações da sociedade civil, universidades e pesquisadores, além de quadros técnicos e empresariais. Ou seja, trata-se de uma nova forma de governar mais colaborativa, diferente do modelo hierárquico no qual as autoridades estatais exercem um poder soberano sobre seus cidadãos. É um modelo de gestão que vai além da gestão governamental, para se transformar numa prática de “governança colaborativa”.

Dessa forma, o estudo analisou ações governamentais na gestão do problema da pandemia em nível municipal, estadual e federal. Observando as estruturas de gestão formadas, como os Comitês de Gestão do COVID-19, com pequenas exceções, constatou-se a participação exclusiva de agentes governamentais e representantes de agências estatais. Ou seja, preponderaram práticas centralizadoras, controladas predominantemente pelos agentes estatais, com decisões, por vezes, orientadas por “jogos de poder político-partidário”.

Para o professor Dallabrida e seus orientandos, o estudo constatou a inexistência de práticas de governança colaborativa, com ações descoordenadas nacionalmente, “comprometendo a eficácia da ação pública na gestão da crise, implicando na amplificação dos efeitos perversos da pandemia do COVID-19”.

Por meio da publicação do referido estudo, em uma revista científica amplamente reconhecida no universo acadêmico, a Universidade do Contestado e o Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional (PMDR) reiteram sua atuação na vanguarda, sempre em busca de soluções para os problemas que afligem a sociedade.